Não há espelhos retrovisores: um breve ensaio sobre apreciar a estrada adiante

Estávamos no último dia da nossa recente viagem de moto de cross country; tentando chegar ao aeroporto de Sioux Falls para poder pegar um vôo de volta para Nova York. Correndo um pouco atrasado, é claro que nos encontramos atrás de uma linha de trânsito em uma pequena estrada rural. Um a um, os carros passaram pelo motorista lento. Finalmente, fomos atrás do impedimento: uma pickup antiquada. Tudo o que você podia ver por trás eram duas mãos no volante, um cachorrinho de cabelos brancos e ao lado disso – duas orelhas pontiagudas.

Quando passamos eu tive que rir. O caminhão estava sendo conduzido por uma minúscula pequena que estava rindo e conversando com o companheiro, um cachorro castanho desalinhado. Mas meu riso não era tanto da imagem do motorista quanto do passageiro, mas de algo surpreendente sobre o caminhão em si: não havia espelhos retrovisores – apenas alguns fios pendurados nos lados onde aparentemente os espelhos estavam unidos.

Quando subi no avião e preparei-me para a investida da LaGuardia, pensei nessa pequena mulher que dirigia esse caminhão velho; como ela estava totalmente inconsciente da turbulência do trânsito por trás; como seu único foco era a alegria de seu companheiro ao lado dela e os presentes da estrada na frente dela. Não é uma má lição.

Dada toda a bagagem que tendemos a levar em torno do passado, isso me fez pensar: como nossas vidas podem ser diferentes se retirássemos nossos espelhos retrovisores? O que aconteceria se parássemos em se preocupar com o que foi e comecei a aproveitar o que está aqui e agora? Talvez possamos encontrar uma pequena alegria como aquela mulher no caminhão. Não demoraria tanto esforço. Tudo o que precisamos fazer é esquecer o que está por trás de nós e se concentrar na estrada à frente.