Nada dura

Acabei de terminar o livro de Zachary Mason, The Lost Books of the Odyssey, que reimagina algumas das histórias que Homer contou – e inventa lendas que Homer deixou de fora.
Nem sempre é uma leitura fácil – Mason salta em torno de cronologicamente, o que pode ser confuso, e eu tive que confiar no meu filho de sétima série para uma renovação de mitologia grega – mas a escrita é muitas vezes luminosa e a criatividade do autor é notável.

Uma história em particular se destaca em minha mente: o rei Agamemnon convoca seus guerreiros – Odisseu, Palamedes e Nestor – e pede-lhes que vão encontrar a única frase que "contém a soma total de toda a sabedoria".
Depois de anos de busca, os homens de Agamenon responderam: "E isso, também, passará".
Falou-me imediatamente: tudo é efêmero. Nada sustenta. Pode ser uma mensagem desinflada, ou aquela que se liberte. Se é verdade que tudo é passageiro, se a felicidade, o sofrimento, o sucesso e os erros são fugazes, devemos aprender a saborear o que mantem em nossas mãos, porque é finalmente tudo o que existe. Devemos viver um pouco mais livremente, falar um pouco mais com sinceridade, escolher um pouco mais apaixonadamente. Não é necessariamente desanimador saber que a pior dor acabará diminuindo e a maior alegria não pode nos estimular para sempre. Isso me faz lembrar que conseguimos passar por tudo, e também não podemos aguentar nada. É novamente um lembrete de realmente ser neste momento, porque "Isso, também, deve passar." Ou para deixar este momento, porque "Isso, também, deve passar." Não dê aos tempos difíceis muito peso e angústia porque são temporários. Não aproveite os melhores tempos porque são evanescentes.
Tenho certeza de que poderíamos debater para sempre se esta é a única frase que destila a verdade do mundo, mas é aquela que chega ao coração de cada momento – não importa o quão feliz ou dolorosa. Tudo e todos continuam, nada fica: "Isto, também, passará".