Uma personalidade criminosa ou chamada "radicalização"?

Nas postagens de blog anteriores, afirmei que os terroristas são criminosos que exploram uma causa ao usá-la como veículo para a expressão de características centrais para suas personalidades. No que diz respeito ao "terrorismo islâmico radical", seus perpetradores cometem crimes antes de abraçar a "causa". Isso foi descoberto após o fato em quase todos os casos de terrorismo nacional e internacional.

No último ataque horrível, o mesmo é verdade. O Washington Post, de 24 de março de 2016, contém uma manchete da primeira página: "Filme comum entre os atacantes: um passado criminoso". A referência é para o que veio à tona sobre os homens por trás do ataque de Bruxelas e Bélgica em 22 de março.

Análises e comentários após muitos incidentes terroristas enfocam a forma como os perpetradores se tornaram "radicalizados". Poderia ser um equívoco ou uma miscaracterização do que realmente acontece? Radicalização é algo que acontece com uma pessoa. Lê que homens e mulheres jovens que vivem em comunidades isoladas e empobrecidas são vulneráveis ​​à radicalização porque infunde-os com propósito, senso de inclusão e, eventualmente, missão específica. No entanto, para cada um desses indivíduos, milhares vivem em circunstâncias semelhantes ou pior, mas não se "radicalizam". Eles ficam horrorizados com a crueldade e as práticas bárbaras dos terroristas que, em nome de uma causa ou outra, abateram pessoas inocentes.

O Washington Post refere-se ao "pedigree thuggish dos mais recentes invasores do Estado islâmico". Os grupos terroristas apelam para pessoas que já são criminosas. Os criminosos os procuram. Alguns saem de casa e viajam milhares de quilômetros para se juntar a eles enquanto buscam poder, emoção e a oportunidade de serem importantes. Isso não é algo que acontece com eles. É uma missão na qual eles embarcam ansiosamente. Esses indivíduos têm a personalidade que descrevi há três décadas nas edições do meu livro "Inside the Criminal Mind" (2014, Broadway paperback). São homens e mulheres que perseguem seus objetivos de uma forma desviante ou outra. Alguns desses participantes ansiosos participam de gangues de rua ou ficam presos.

O conceito de "radicalização" precisa de um novo visual!