Observadores, incluindo muitos profissionais de saúde mental, mantêm que a base da psicologia de muitos criminosos é a baixa auto-estima que dá origem a comportamentos anti-sociais. O raciocínio é algo assim. O indivíduo provavelmente experimentou numerosas falhas na vida – na escola, no trabalho, na família e em outros relacionamentos. Mesmo no crime, ele falhou cada vez que ele é preso. O pensamento de alguns avaliadores profissionais e conselheiros é que o comportamento criminoso representa uma tentativa desesperada de compensar esse senso prevalecente de inadequação. Ou seja, ele se constrói rasgando os outros. Ele pretende controlar e superar os outros para se sentir melhor sobre si mesmo.
Esse pensamento inverte causa e efeito. Na maioria dos casos, o criminoso rejeitou sua família, professores e o mundo do trabalho muito antes de o rejeitarem. Ao se recusar a lidar com a adversidade construtivamente e ao exercer pouco ou nenhum esforço em empreendimentos responsáveis, ele conseguiu pouco o que é substantivo. Se uma pessoa lança oportunidades e recorre ao engano, intimidação ou força para fazer o seu caminho no mundo, não é realista para ele ter baixa auto-estima, pelo menos pelos padrões do mundo responsável? Um jovem de dezenove anos que abandonou a décima série, que nem sequer tentou desenvolver habilidades trabalhistas, e quem alienou sua família teria pouca base para pensar bem de si mesmo. Ao fazer as escolhas que ele tem, as tentativas do criminoso de "se sentir bem" em relação a si mesmo acabam resultando em ferir outros a quem ele professa se preocupar e, em última análise, em sua liberdade sendo severamente restrita.