HL Mencken disse: "Para cada problema complexo, há uma solução simples, direta e errada".
Como você resolve problemas complexos? Às vezes, você pode "simplesmente fazê-lo", derrubar o primeiro dominó – o que derruba o próximo em uma longa linha de dominó – e alcançar o resultado desejado. Mais frequentemente, no entanto, o mundo não é simples. O poeta Percy Bysshe Shelley pregou a natureza do problema: "Nada no mundo é solteiro, todas as coisas … No outro se misturam …" O estrategista de negócios Peter Senge expressou a mesma idéia menos poeticamente, mas mais precisamente: "os empreendimentos humanos são … sistemas. Eles são vinculados por tecidos invisíveis de ações inter-relacionadas, que muitas vezes levam anos para desempenhar plenamente os seus efeitos um sobre o outro. "Senge disse que este é um problema de complexidade dinâmica, que ele definiu como" situações em que a causa eo efeito são sutis, e onde os efeitos ao longo do tempo das intervenções não são óbvias ".
No nível mais simples, a complexidade dinâmica é o problema do chuveiro do hotel com um atraso entre a torneira e a temperatura da água, resultando em água que se desloca entre congelamento e escaldar. Em níveis mais complexos, é o problema da ação bem intencionada que tem conseqüências desastrosas e não intencionais, como os primeiros colonos que importam coelhos para fazer com que a Austrália se pareça mais com a Inglaterra, coelhos que, em última instância, causaram a destruição generalizada do habitat.
O mundo não é apenas um sistema dinâmico; é um sistema dinâmico aberto. Isso significa que não é apenas complexo, mas também que coisas novas podem entrar na imagem para mudar a natureza da equação. Por exemplo, ainda que complexo, o ecossistema oceânico nas margens do Peru estava funcionando harmoniosamente até que uma força externa interveio. Na década de 1950, os pescadores empreendedores decidiram ganhar algum dinheiro fácil, colhendo 14 milhões de toneladas de anchovas para vender como alimento para bovinos e animais de estimação. Infelizmente, o guanay (uma ave marinha) come anchovas, e os excrementos de guanás fazem um excelente fertilizante, particularmente para o plâncton. O plâncton alimenta não apenas as anchovas, mas também o atum e os lobos marinhos. Após a colheita gigante da anchova peruana, a população guanay caiu 98,5 por cento. Como resultado, as populações de plâncton e os peixes que alimentaram sobre eles também quebraram. Agora, cinquenta anos depois, as populações de peixes na área ainda não se recuperaram. Com uma ação mal concebida, os pescadores destruíram gerações de subsistência para futuras famílias de pescadores.
Senge sugeriu que a melhor maneira de lidar com sistemas complexos é com o pensamento sistêmico: "A concepção de sistemas é uma disciplina para ver todo. É uma estrutura para ver as inter-relações em vez das coisas, para ver padrões de mudança ao invés de instantâneos estáticos. "Ele continuou dizendo:" Ver apenas ações individuais e perder a estrutura subjacente às ações … está na raiz de nossa impotência em situações complexas. "Como cada situação é diferente, você precisa se envolver em ações consideradas, características que incluem:
Atuando de forma complexa
Em The Logic of Failure, o psicólogo alemão Dietrich Dörner resumiu experimentos sobre como as pessoas lidam com sistemas complexos. Dörner criou um modelo de computador de um país imaginário na África Ocidental que ele chamou de Tanaland. As pessoas desta terra imaginária dependem de culturas crescentes, colhendo frutas e pastoreando ovelhas e gado. Os participantes do experimento de Dörner tiveram a oportunidade de controlar certas variáveis do modelo de computador Tanaland, como usar irrigação e fertilizantes. A maioria dos participantes rapidamente eliminou a população de Tanaland, mas alguns conseguiram preservar uma taxa de crescimento saudável. As diferenças entre os dois grupos da experiência, escreveu Dörner, foram impressionantes: "Os bons participantes agiram de forma mais complexa. Suas decisões tomaram em consideração diferentes aspectos de todo o sistema, e não apenas um aspecto. Este é claramente o comportamento mais adequado ao lidar com sistemas complicados ", acrescentou, porque a complexidade significa que existem" muitas variáveis interdependentes em um determinado sistema ", o que torna" impossível realizar apenas uma ação ".
Dörner continuou: "Para os ignorantes, o mundo parece simples. Se dispensarmos muito de reunir informações, é fácil para nós formar uma imagem clara da realidade e tomar decisões claras com base nessa imagem ". Além disso," Os participantes ruins exibiram … uma relutância em reunir informações e uma ânsia para Aja. Em contrapartida, os bons participantes foram inicialmente cautelosos sobre a atuação e tentaram garantir uma base sólida de informações …. Quanto menor a informação coletada, maior a disposição para agir. "
Movendo o seu foco
A ação complexa requer um foco sempre em movimento, que envolve:
• Resolver o problema que precisa ser resolvido, o que significa resistir à tentação de fazer apenas o que você gosta de fazer ou apenas o que é bom fazer.
• Na medida em que você pode, abordando problemas enquanto eles ainda são pequenos. Estou pensando no livro infantil The Little Prince, no qual o príncipe está procurando uma ovelha para ajudá-lo com seu problema de baobab-tree. Quando disse que as árvores são enormes, ele aponta que começam pequenas.
• Deslocando o foco da imagem grande para os detalhes e volte novamente, sem se fixar em apenas um nível do problema.
• Equilibrar a necessidade de coletar mais informações com a necessidade de fazer algo.
Suponha que você seja um médico da sala de emergência. Um dia, um amigo seu que esteve em um acidente de carro está ligado. Em primeiro lugar, você se certifica de que sua via aérea é clara e que sua respiração e circulação estão bem (detalhes e ação), mas, durante todo o tempo, você faria um olho em seus sinais vitais (grande foto e informação). Ao mesmo tempo em que tudo isso está acontecendo, você atenderia suas necessidades emocionais e tentaria moderar sua reação emocional ao ver seu amigo em tal estado. Definitivamente muito difícil de fazer, mas você tem que fazer tudo de uma só vez para alcançar o melhor resultado.
Referências
Dörner, D. 1996. A lógica do fracasso: por que as coisas ficam erradas e o que podemos fazer para fazê-las bem. Traduzido por R. Kimber e R. Kimber. Nova York: livros metropolitanos.
Senge, P. 1990. A Quinta Disciplina: A Arte e a Prática da Organização de Aprendizagem. Nova Iorque: Doubleday / Currency.
Extraído da Contribuição Duradoura: Como pensar, planejar e agir para realizar um trabalho significativo. Saiba mais em http://www.lastingcontribution.com.
