Dopamina: por que é tão difícil "simplesmente dizer não"

"Por que ele não pára quando ele sabe o quanto está me machucando?" Esta é uma das perguntas mais comuns feitas por aqueles que amam alguém viciado em substâncias e / ou comportamentos nocivos. Pode ser útil para aqueles entes queridos saberem que parar não é simplesmente uma questão de vontade, ou simplesmente entender que você está causando a dor de outra pessoa. A pesquisa indica que "simplesmente parar" não é tão fácil.

Um dos principais motivos é chamado de dopamina. A pesquisa no cérebro indica que o vício é sobre memórias poderosas e a recuperação é um processo lento no qual a influência dessas memórias é diminuída . Tanto drogas adictivas quanto experiências intensas ou intensas (como uma emoção de vida ou morte, um crime ou um orgasmo) desencadeiam a liberação da dopamina química do cérebro, que por sua vez cria um circuito de recompensas no cérebro. Este circuito registra essa experiência intensa como "importante" e cria memórias duradouras como uma experiência prazerosa. A dopamina muda o cérebro em um nível celular, comandando o cérebro para "fazê-lo de novo", o que aumenta a possibilidade de recaída mesmo muito depois do comportamento (ou da droga) ter parado. A dopamina também ajuda a explicar por que experiências intensas podem ser tão aditivas quanto as drogas.

Pesquisa adicional sobre o vício indica que a dopamina não é apenas um mensageiro que dita o que se sente bem; também diz ao cérebro o que é importante e ao que prestar atenção para sobreviver . E quanto mais poderosa for a experiência, mais forte é a mensagem para o cérebro repetir a atividade para a sobrevivência. Além disso, aqueles que têm menos coisas salientes em suas vidas que capturam seu interesse e atenção são mais vulneráveis ​​às coisas que podem dar-lhes pressa e alertar o cérebro de uma maneira poderosa.

Esta pesquisa sobre a dopamina é um longo caminho para explicar como alguém pode se tornar viciado em algo que pode se tornar tão destrutivo e prejudicial em suas vidas e nas vidas daqueles que eles amam. Também ajuda a explicar por que a meditação, o yoga, o exercício e a acupuntura podem ser ferramentas úteis na luta contra o vício, pois abordam a fisiologia ea bioquímica do indivíduo. Combater o vício não é simplesmente uma questão de força de vontade, mas também trata de transformar o corpo, a mente e a vida de um indivíduo e criar um novo conjunto de experiências para que o cérebro se registre tão importante e prazeroso. É também sobre paciência, cura, sem tomar recaídas pessoalmente, e a passagem do tempo para permitir que as memórias se desvanecem.

Foto de David McNew / Getty Images