Alegria e dor como um crisol do espírito, Pt. 2

Anoche tive a oportunidade de assistir "The Bucket List" com Jack Nicholson e Morgan Freeman. É uma comédia sombria melodramática sobre dois homens que compartilham em comum suas mortes iminentes, bem como suas vidas iminentes. É também um filme que nos lembra de agradecer por cada momento, e espremer cada momento seco – pelas razões certas.

Em um ponto do filme surge a questão da alegria. O personagem de Morgan Freeman conta uma história de como os antigos egípcios iriam fazer duas perguntas sobre o moribundo como um teste decisivo para se eles entrariam ou não em um Santíssimo Reino após sua morte. A primeira dessas perguntas foi: "Você encontrou alegria em sua vida?", E a segunda foi: "Sua vida trouxe alegria aos outros?".

A primeira dessas questões é bastante provocativa, porque tendemos a não pensar em termos de alegria, mas sim de felicidade. A felicidade é fugaz porque depende do prazer momentâneo; é, então, sobre o anexo. A alegria, no entanto, é mais tangível na medida em que está menos ligada à experiência do que a experiência de emoção e sentimento – é sobre o que temos dentro, e não o que vamos para encontrar. A alegria é mais penetrante e duradoura do que a felicidade, pois está associada a uma sensibilidade de ação correta e senso de lugar.

A segunda dessas questões é mais evocativa na medida em que questiona um senso de nosso próprio caráter; não é sobre o fazer, mas sim o ser. Não nos pergunta se trouxemos alegria para a vida dos outros – nos pergunta se a nossa vida trouxe alegria aos outros? Em outras palavras, não pede o que fizemos para ou para nossos companheiros; questiona a influência de nossa presença simples.

Suponho que o ponto deste post e como eu vim vê-lo como acessório à nossa consideração anterior de alegria e dor como um cadinho para o espírito, é que isso nos provoca a pensar em como nosso "ir para dentro" sai.

A primeira questão aborda, para aqueles de nós que seguiremos este curso, o aspecto mais importante de nossas vidas – efetivamente derramamos os grilhões de nossa existência material e chegamos a um lugar de equilíbrio entre essa existência e nosso eu espiritual.

A segunda questão enquadra-se no âmbito da Psicologia Integral e aborda como a jornada interior e a busca da alegria afetaram as pessoas que nos rodeiam (etnocentrismo) e o mundo em geral (geocentricidade). Isso faz isso, no entanto, de uma maneira que é desprovida de ego. E essa é a parte mais provocadora de todos.

O todo implora a questão de um materialismo espiritual – algo que Chogyam Trungpa Rinpoche abordou regularmente – e o que é o núcleo do karma yoga e do yoga bhakti. Como conseguimos eliminar o ego do caminho para se livrar do ego? Não é uma pergunta fácil de responder – mas, uma questão que deve ser considerada rotineiramente na busca de uma personalidade espiritual.

Então, você encontrou alegria em sua vida? E, sua vida, sua presença simples, trouxe alegria para aqueles que estão ao seu redor? Comida para pensar em uma manhã nova e fria da Nova Inglaterra à beira mar.

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PS – o título do filme, "The Bucket List", vem de um exercício que não é diferente do exercício da última conferência. Ele nos pede para criar uma lista de todas as coisas que queremos fazer em nossas vidas antes de "chutar o balde".

© 2008 Michael J. Formica, todos os direitos reservados

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