Papai Cérebro

A paternidade, por muito tempo negligenciada como um campo de pesquisa, tornou-se recentemente uma importante área de pesquisa entre sociólogos e outras nas ciências sociais. A pesquisa mais vanguarda relacionada à paternidade, no entanto, é claramente associada à neurociência. Apesar de todas as evidências sugerirem tanto, os homens não passam a maior parte do tempo pensando em dormir, rosquinhas e cerveja, pelo menos quando se tornam paizinhos. "Quando os homens se transformam em pais, eles experimentam um avivamento neural que beneficia seus filhos", explicou Brian Mossop na Scientific American Mind, com os cérebros do bebê e do pai alterados para sempre nos dias após o nascimento. Um vínculo bioquímico é rapidamente estabelecido entre os pais e seus filhos, análogo ao forjado entre mães e seus fetos durante a gravidez. Os cérebros dos pais são difíceis de responder a qualquer ameaça ao conforto e sobrevivência de seus bebês, por exemplo, apenas uma maneira de como a oxitocina (o "hormônio do amor") afeta o comportamento paterno precoce. Os cérebros dos pais e dos bebês funcionam de forma simbólica, descobriram os neurocientistas, cada uma das partes se beneficiando de alguma forma com a influência cognitiva do outro. Os homens ainda crescem novos neurônios adicionais depois de se tornarem pais, demonstraram os estudos, a maneira pela natureza de estabelecer uma conexão emocional que pagará os dividendos durante toda a vida da criança.

Se a ideia de algum tipo de simbiose cognitiva ocorrendo não for suficientemente surpreendente, o cérebro de um pai irá alterar os resultados hormonais e a atividade neural dependendo de suas responsabilidades parentais específicas. Os cérebros dos pais podem alternar entre uma rede voltada para o vínculo social e a vigilância e outra projetada para planejar e pensar, de acordo com um estudo de 2014 publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences, alterando a sua produção com base na situação. Nurture é certamente importante na parentalidade, mas, como em um número crescente de outras atividades, é a natureza que os pesquisadores estão descobrindo que predispõe um indivíduo em direção a determinados comportamentos. Ser um pai "bom" é, portanto, fortemente determinado pela fiação do cérebro, sugere essa pesquisa, fazendo-nos repensar muito o que assumimos sobre a prática da paternidade. Embora a paternidade tenha ocorrido tanto quanto os seres humanos, estamos claramente iniciando uma nova fronteira para compreendê-lo, com muitas aventuras excitantes que, sem dúvida, se aproximam para o futuro.