Psicólogos emitem relatório controverso sobre Masculinidade

Novas diretrizes sobre o tratamento de homens têm sido criticadas por serem muito dependentes da ideologia.

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No início desta semana, a APA divulgou diretrizes práticas sobre as preocupações de tratamento recomendadas em relação a homens e masculinidade.

As diretrizes provocaram controvérsia significativa. Eles identificam com precisão alguns dos riscos de saúde e suicídio para homens e o fato de que os homens estão menos interessados ​​em se envolver com a terapia. No entanto, as diretrizes têm sido criticadas por muitos por se basearem em um grande número de conceitos vagamente subjetivos, ideológicos e políticos / sociológicos, em vez de ciência psicológica. Por exemplo, o artigo faz referência sem críticas ao conceito de micro-agressões, sem reconhecer as severas limitações do conceito recentemente apontado por Scott Lilienfeld.

Outra área de preocupação significativa nas diretrizes foi a afirmação de que “Antes do movimento feminista da segunda onda na década de 1960, toda psicologia era a psicologia dos homens”. Isso ignora o papel significativo de muitas psicólogas como Anna Freud, Karen Horney. e Virginia Satir. Este artigo analisa a poderosa influência de psicólogos femininos ao longo da história, muitos antes dos anos 60. O colega Marco Del Giudice, com amplo trabalho em diferenças de gênero, apontou que essa declaração também ignora pesquisas anteriores sobre diferenças de gênero, como este extenso livro de 1905, escrito por uma psicóloga, diretora de pesquisa em psicologia da Mount Holyoke University.

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Em resposta à reação às diretrizes, a APA divulgou uma espécie de esclarecimento, indicando que sua preocupação real era apenas em torno de alguns “comportamentos estereotipados extremos” mantidos por alguns homens. Infelizmente, porém, nem as diretrizes nem a correção oferecem muita ajuda para identificar esses poucos homens doentes de homens saudáveis ​​que são mais tradicionalmente masculinos. Eles sugerem que sua preocupação é “Quando um homem acredita que ele deve ser bem-sucedido, não importa quem seja prejudicado”. Os autores não oferecem nenhuma ajuda para distinguir essa preocupação específica de outras questões mais claramente psicológicas, como Transtorno da Personalidade Anti-Social, que é mais prevalente em homens e se sobrepõem substancialmente. Para as diretrizes clínicas, deixar de abordar uma questão tão importante do diagnóstico diferencial é bastante preocupante para muitos no campo.

Uma análise aprofundada das limitações das diretrizes foi escrita por Chris Ferguson, psicólogo da Universidade Stetson. Ferguson observa especialmente a maneira como essas diretrizes afirmam que as forças sociais desempenham um papel preponderante nas diferenças de gênero, sem levar em conta evidências substanciais sobre o papel das influências biológicas.

Na minha opinião, essas diretrizes, se implementadas amplamente no treinamento, tornariam os homens menos confortáveis ​​em terapia, não mais. A APA está oferecendo unidades de educação continuada para a leitura dessas diretrizes, e elas provavelmente desempenharão um papel significativo na formação de futuros psicólogos. A psicologia é cada vez mais uma profissão e uma indústria com mais mulheres, e diretrizes como essas seriam uma maneira importante para as mulheres clínicas entenderem melhor como tratar pacientes com diferentes experiências de gênero. Essas diretrizes em particular estabelecem um precedente ruim, sugerindo que os psicólogos podem ser bastante casuais com os fatos e ignorar a pesquisa discrepante quando os valores ideológicos são considerados mais importantes. Não foi assim que fui treinado em psicologia ou como homem.