Reinventando a liderança em uma era de colaboração

Durante décadas, os líderes disseram que o sucesso depende de experiência, experiência, esforços e poder. A idade da colaboração em massa desafia essas idéias e a própria natureza da liderança e, ao mesmo tempo, oferece oportunidades sem precedentes para os líderes.

Em seu livro, Leadershift, o autor Emmanual Gobillot, consultor e palestrante com uma ampla audiência na Europa, descreve como adaptar papéis de liderança tradicionais e desenvolver um novo modelo de negócios para o sucesso. Leadershift explora o mundo da colaboração em massa – isto é, as ações coletivas de um grande número de pessoas que trabalham independentemente de organizações e instituições. O Gobillot argumenta que as redes sociais, colaborativas e virtuais têm implicações muito mais profundas do que apenas mudar a forma como trabalhamos ou fazemos negócios. A participação em massa faz das empresas uma empresa social e, portanto, altera a natureza dos papéis dentro.

Gobillot argumenta que a liderança durante uma era de participação em massa está ligada à narrativa (narração de histórias) e contribuição mais do que ao poder e às funções prescritas. O verdadeiro desafio com a colaboração é que ele precisa ser implementado com ferramentas que atualmente não o facilitam. Participar de conversas com pessoas que ajudam a pintar as imagens desejadas do futuro, ou aplicar nosso conhecimento do comportamento humano da pesquisa científica do cérebro está em desacordo com os tipos de estruturas e processos que atualmente existem nas organizações.

Hoje, quatro tendências críticas tornam irrelevante o modelo antigo de negócios e o estilo de liderança: a tendência demográfica, a tendência de especialização, a tendência de atenção e a tendência democrática. Essas tendências estão transformando o mundo do trabalho de cabeça para baixo. Gobillot descreve as quatro tendências que mudarão o paradigma atual:

  • A tendência demográfica, que tornará a experiência individual menos importante do que a experiência coletiva. Pela primeira vez na história, várias gerações com múltiplos contextos socioculturais estão trabalhando juntas no local de trabalho, cada uma com suas próprias esperanças, medos, expectativas e experiências, que outros podem não entender ou se relacionar;
  • A tendência de especialização, que tornará o conhecimento técnico individual menos importante do que o conhecimento coletivo. A experiência que impulsiona organizações bem sucedidas residirá em uma rede de relacionamentos fora do controle gerencial.
  • A tendência da atenção, que tornará os esforços individuais irrelevantes e será substituída por redes sociais e de conhecimento coletivas que substituam as organizações como fonte de coerência e coesão para todas as partes interessadas.
  • A tendência democrática, que tornará o poder individual irrelevante em comparação com o poder dos consultores, trabalhadores a tempo parcial e redes de associados colaborativos, fora do alcance de controle do líder.

Essas quatro tendências irão alterar o tipo de liderança necessária nas organizações e na sociedade. O impacto mais significativo será o uso do poder pelo líder. Se o controle do comportamento coletivo estiver fora do alcance do alcance de um líder, o comportamento do líder tradicional que se concentra no comando e controle torna-se irrelevante, para ser substituído por uma estrutura não hierárquica. Também se concentra na importância da facilitação cultural em relação às iniciativas estratégicas.

Na análise final, a comunidade coletiva validará se o líder foi efetivo e não o próprio líder. Isso se torna uma mudança do poder de posição organizacional para o poder social comunal.