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Muitos americanos vivem além de seus meios. A recente pesquisa do CFPB constatou que cerca de um terço das pessoas com idades entre 30 e 49 anos tinham mais dívidas com cartão de crédito do que com poupança (CFPB, 2017). O que nos leva a gastar muito? A economia comportamental fornece alguns insights sobre o porquê de ultrapassarmos o orçamento e como restringir o impulso.
1. Negligência de custo de oportunidade
Em um mundo de escassez, escolher uma coisa significa desistir de outra coisa. Quando gastamos dinheiro em uma coisa, é dinheiro que não podemos gastar em outra coisa, agora ou depois. Portanto, há um custo de oportunidade para tudo o que fazemos. E esse custo é expresso em termos da próxima melhor alternativa. Por exemplo, o verdadeiro benefício de comprar um carro novo pode ser avaliado em termos de outros itens igualmente significativos que poderíamos ter feito com o dinheiro.
2. A maldição da contabilidade mental
A contabilidade mental envolve dividir seu dinheiro em contas mentais separadas, como contas de alimentos, roupas, aluguel, material escolar, indulgência e afins (Thaler & Sunstein, 2008). Os gastos são limitados pelo valor em diferentes contas. Ou seja, consideramos apenas os custos de oportunidade dentro de uma conta específica sem olhar para a foto maior. Por exemplo, dei dinheiro à minha filha para o aniversário dela. Ela estava atrasada em seu empréstimo estudantil. Ela deveria ter definitivamente gasto o dinheiro nisso. Mas ela estava relutante em fazer isso. Ela percebeu o presente de aniversário como dinheiro “livre”. A alternativa para ter contas mentais é comparar conscientemente todas as suas compras.
3. ocasião especial
Nós tendemos a gastar mais em “ocasiões especiais” (aniversários ou Natal), porque não sabemos quantos deles temos. Consequentemente, acabamos gastando acima do nosso orçamento normal (Sussman & Alter, 2012). A falha em incorporar uma compra excepcional em nosso orçamento como uma em uma série de compras especiais pode incentivar gastos excessivos. Você pode fazer um orçamento para despesas não frequentes criando contas de poupança especiais destinadas especificamente, digamos, a aniversários.
4. Viés presente
O viés presente ocorre quando os indivíduos atribuem peso extra a recompensas mais imediatas do que aqueles no futuro. Por exemplo, o meu eu futuro pode querer comprar uma casa, mas o meu eu atual quer gastar em férias tropicais. Quanto mais desconsideramos nossos interesses de longo prazo em favor da gratificação imediata, mais provável que tenhamos o problema de gastos excessivos.
5. Dinheiro vivo versus crédito
A tendência atual explica por que as pessoas têm mais facilidade em gastar dinheiro em cartões de crédito do que em gastar dinheiro real. Pagar com dinheiro é mais doloroso do que pagar com cartões de crédito (Ariely e Kreisler, 2017). A principal força psicológica dos cartões de crédito é que eles separam o prazer de comprar da dor do pagamento. Então, se você quiser colocar seus gastos sob controle, pare de usar cartões de crédito.
6. O efeito “o que diabos”
O chamado efeito “o que diabos” sugere que a queda do vagão causa um sentimento de fracasso, o que leva a mais indulgência (Herman e Polivy, 2010). Este é um caso em que o menor cai na bola de neve em um colapso de autocontrole (“Se eu já tiver estragado, eu poderia ir até o fim”). Por exemplo, uma quantia, digamos, de US $ 100 para o jantar no contexto de uma fatura de cartão de crédito mensal de US $ 3.000 parece menor, menos significativa e menos dolorosa do que sozinha. Esse é um viés comum, especialmente quando o cartão de crédito está envolvido.
7. Baixa na força de vontade
Força de vontade refere-se ao esforço de controle que é exercido com o propósito de controlar nosso comportamento impulsivo. A força de vontade pode ser vista como um recurso. Quando os recursos são esgotados, as pessoas tendem a agir por impulso e são mais propensas a serem influenciadas por desejos, desejos e ânsias, embora possam se arrepender a longo prazo. Essa percepção sugere que os compradores que estão distraídos com música ou monitores provavelmente aumentarão as compras por impulso. Em contraste, ser deliberado permite ver o contexto geral e se preocupar menos com a sensação.
8. Terapia de varejo
As pessoas admitem se envolver em “terapia de varejo” (Cryder et al., 2008). O sentimento negativo provoca uma mudança comportamental em direção a melhorias imediatas no humor. E quando estamos nos sentindo para baixo, tendemos a fazer alarde. Compras permite que as pessoas visualizem a si mesmas em uma vida “melhor”, onde estão vestidas com roupas bonitas ou cercadas de coisas boas. A compra torna essas visualizações uma realidade.
9. Vício em compras
O vício em compras é caracterizado como um transtorno de controle de impulsos (Black, 2007). Cerca de 6% da população pode ser considerada compradores compulsivos. Este distúrbio existe ao longo de um continuum. Há compradores em excesso e há compradores compulsivos. Compram coisas de que não precisam e muitas vezes não podem pagar, e colocam em risco seu trabalho, suas famílias e sua saúde mental. Algumas dessas pessoas que acabam em falência são compradores compulsivos, sofrendo de uma doença semelhante ao alcoolismo. O primeiro passo mais eficaz para o tratamento é identificar por que e como suas compras se tornaram inicialmente um problema. Os especialistas sugerem que você inicie um diário para acompanhar seus gatilhos.
10. Auto-justificação
As pessoas estão preocupadas em justificar suas escolhas para si mesmas e para os outros. Fazer sentido é uma motivação humana profunda, mas fazer sentido não é o mesmo que ser correto (Wilson, 2011). Por exemplo, a pessoa que comprou um item de luxo, mas se sente culpada por isso, pode tentar aliviar sua culpa apresentando outras razões que justifiquem sua escolha, como “estava à venda, eu tive que comprá-lo”.
Referências
Ariely D. e Kreisler J. (2017). Dólares e Sentido. NY: HarperCollins Publisher
Black DW (2007). Uma revisão do transtorno compulsivo de compra. Psiquiatria Mundial 6 14–18.
Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), bem-estar financeiro na América do Sul, setembro de 2017, http: //files.consumerfinance.gov/f/documents/201709_cfpb_financial-well-being-in-America.pdf
Cryder CE, Lerner JS, Bruto JJ, Dahl RE. A miséria não é mesquinha: os indivíduos tristes e autocontidos gastam mais. Psychol Sci. 2008 jun; 19 (6): 525-30.
Herman, Peter C. e Janet Polivy (2010), “A Auto-Regulação da Alimentação: Problemas Teóricos Práticos”, no Manual de Auto-Regulação: Pesquisa, Teoria e Aplicações, 2ª ed., Roy F. Baumeister e Kathleen D. Vohs, eds. Nova Iorque: Guilford, 522-36.
Sussman, AB, & Alter, AL (2012). A exceção é a regra: subestimar e gastar demais em despesas excepcionais. The Journal of Consumer Research, 39, 800-814.
Thaler, Richard H. e Cass R. Sunstein (2008). Nudge: Melhorando Decisões Sobre Saúde, Riqueza e Felicidade .Yale University Press.
Wilson, TD (2011) Redirect: A Nova e Surpreendente Ciência da Mudança Psicológica. Pouco, marrom e companhia.