Como convencer alguém que você está certo?

1) Reconheça os limites do seu argumento.

Comece dizendo que você pode não estar certo, que você não sabe tudo. Admita as suas limitações, as limitações do seu argumento, até mesmo apresentar o ponto de vista oposto ou o ponto de vista que seu interlocutor pode ter ou ter em mente. Lembre-se de Montaigne, o grande ensaísta, cujo lema era "Que sais-je?" O que eu sei?

2) Crie mistério e suspense. Mantenha seu ouvinte a ouvir.

Não diga tudo imediatamente. Não use seu ponto mais conclusivo ou controverso imediatamente. Trabalhe até sua conclusão lentamente levando seu ouvinte ou leitor para o passeio. Desenvolva seu argumento passo a passo, insinuando o que está acontecendo. Crie um pequeno mistério, e talvez até alguma confusão. Alguém me disse uma vez: "Se você não consegue dormir com brilho confundido com besteira". Sugira que há algo secreto ou pelo menos incomum ou escandaloso à frente. Você tem um ponto de vista único.

Pense no prefácio de Freud para o caso Dora e sua explicação de que "a elucidação completa de um caso de histeria é obrigada a envolver a revelação de intimidades e a traição de segredos". Quem não sabia ler? Você quer que seu ouvinte ouça se ele / ela deve estar convencido.

3) Use detalhes convincentes e relevantes.

Faça backup de seu argumento com alguns detalhes convincentes que levarão o ouvinte inelutável à sua conclusão. Use a vida cotidiana: sons, cheiros, gestos, palavras. Certifique-se de que seus detalhes são únicos e originais e cheiram a verdade. Não tente fazer tudo se encaixar perfeitamente. A vida está cheia de incongruências, coincidências, confusão e aquilo que parece impossível. Reconheça novamente tudo o que o ouvinte pode achar difícil de admitir. "Eu sei que isso é difícil de acreditar." O truque é prestar atenção ao seu ouvinte ou leitor e imaginar o que ele ou ela pode estar pensando em reação ao que você está dizendo. Assista seu rosto, gestos; Ouça suas palavras.

Você pode até usar truques como faz Freud, dizendo tão brilhantemente, referindo-se à bissexualidade do jovem Dora no caso de Dora, que, tentando provar que ela está apaixonada por Herr K, se ele fosse um escritor de ficção, deixaria seu amor por Frau K!

4) Balance a autoridade com modéstia

No final, o que é essencial é encontrar um equilíbrio entre sua própria convicção e sua modéstia. Você precisa convencer pelo seu profundo conhecimento da situação, acreditando sinceramente o que você está tentando provar, mas não a ponto de antagonizar seu ouvinte com arrogância ou falta de autoconsciência.

Sheila Kohler é autor de treze livros entre eles "Cracks", "Love Child" e "Becoming Jane Eyre" e, mais recentemente, "Sonhando com Freud".

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