Como o estresse crônico afeta os circuitos neurais

Estresse interminável pode promover ansiedade e depressão.

Pela equipe da Fundação de Pesquisa do Cérebro e Comportamento

O estresse crônico altera os circuitos neurais no cérebro, aumentando o risco de depressão e ansiedade. De acordo com estudos em animais publicados na edição de janeiro da revista Biological Psychiatry, algumas dessas mudanças são mediadas pelas células imunes que residem no cérebro.

As células imunes residentes no cérebro são chamadas de microglia. Eles são responsáveis ​​por evitar infecções, mas esse não é seu único papel. Eles também ajudam a construir e remodelar circuitos neurais. Tal atividade está constantemente acontecendo no cérebro. No estudo atual, os pesquisadores liderados por Ronald S. Duman, Ph.D., pesquisador distinguido em 2005 na Universidade de Yale, investigaram o que acontece com a microglia do cérebro sob condições de estresse crônico. O Dr. Duman também foi um Investigador Independente em 1997, Jovem Investigador em 1989, e o Premiado Nola Maddox Falcone em 2002. Eric S. Wohleb, Ph.D., um jovem investigador de 2016, é o primeiro autor do artigo e iniciou esses estudos como pós-doutorando no laboratório do Dr. Duman. Dr. Wohleb está atualmente na Faculdade de Medicina da Universidade de Cincinnati.

Eles conduziram seus estudos em camundongos, expondo intermitentemente os animais a condições estressantes durante algumas semanas, depois examinando o impacto em seus cérebros. Como esperado, o tratamento provocou ansiedade e comportamentos semelhantes aos da depressão nos ratos.

Os experimentos da equipe mostraram que, sob condições de estresse, os neurônios no córtex pré-frontal do cérebro – uma região envolvida em funções complexas, como tomada de decisão e comportamento social – produzem um sinal que aciona a microglia para começar a remodelar os circuitos neurais. Como resultado dessas mudanças funcionais na microglia, os neurônios no córtex pré-frontal perdem uma parte de suas conexões sinápticas. Isso é importante porque a conectividade limitada no córtex pré-frontal tem sido associada à depressão maior em estudos clínicos.

A equipe de pesquisa descobriu que, ao impedir que os neurônios produzissem o sinal de estimulação da microglia, os camundongos expostos ao estresse crônico não desenvolveram sinais de ansiedade ou depressão. A descoberta sugere que interromper a sinalização induzida por estresse entre os neurônios e a microglia pode ser uma maneira de tratar a ansiedade e a depressão em pacientes.

Pela equipe da Fundação de Pesquisa do Cérebro e Comportamento