Você já foi intimidar-se quando as coisas dão errado?

Veja como quebrar o hábito.

Bullying photo by the Federal Senate of Brazil, uploaded by Tyler de Noche. Transferred from Wikimedia Commons.

Fonte: Foto do bullying pelo Senado Federal do Brasil, enviada por Tyler de Noche. Transferido do Wikimedia Commons.

Quando eu estava na escola, as crianças malvadas chamavam nomes de pessoas. Meus amigos e eu responderíamos: “Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas palavras nunca me machucarão”. Mas eles fazem.

Além de insultos de valentões no pátio da escola, muitos de nós ouvimos críticas de pais e professores, autoridades adultas que admiramos – “você é desajeitado”, “ruim”, “estúpido”, “não é bom o suficiente, atraente o suficiente, inteligente o suficiente Muitas vezes, suas observações ainda ecoam em nossas cabeças.

Agora, quando cometemos um erro ou enfrentamos um obstáculo para alcançar nossos objetivos, muitas vezes nos intimidamos. Como aqueles adultos e valentões de colégio, nós nos chamamos de nomes, dizendo a nós mesmos que “não somos bons o suficiente, suficientemente atrativos, inteligentes o bastante”, que somos “desajeitados”, “ruins” ou “estúpidos”.

Mas isso só piora as coisas. Nessas ocasiões, segundo a psicóloga Kristin Neff (2011), o que precisamos não é de críticas severas, mas de autocompaixão. Precisamos nos tratar como um amigo querido.

Podemos praticar a auto-compaixão com estes três passos:

  1. Atenção plena Da próxima vez que estiver se sentindo para baixo, em vez de atacar a si mesmo, sintonize seus sentimentos. Pergunte a si mesmo: “O que estou sentindo?” E cite seus sentimentos para si mesmo: “Sinto-me triste … com medo … magoado … com raiva … confuso”.
  2. Humanidade comum. Como o Buda ensinou, o sofrimento é comum a toda a humanidade. Diga a si mesmo: “Tudo bem. Ninguém é perfeito. Todo mundo comete erros.”
  3. Bondade para você mesmo. Ativamente acalme-se com palavras gentis. Você pode até se dar um abraço, como sugere Neff em seu livro, cruzando os braços sobre o peito e apertando os braços, dizendo: “Pobre querida, você está realmente sofrendo agora” (2011).

A autocompaixão nos traz esperança, enquanto o bullying apenas nos mantém presos a uma mentalidade limitadora.

Como a psicóloga Carol Dweck (2007) descobriu, nossa mentalidade determina a maneira como nos vemos e as nossas possibilidades. Se estamos presos em uma “mentalidade fixa”, acreditamos que temos apenas um nível definido de habilidade, que não podemos mudar. Se sentimos que somos “desajeitados”, “estúpidos” ou que não somos bons em alguma coisa, nem tentamos.

Mas com uma “mentalidade de crescimento”, sustenta Dweck, percebemos que nosso cérebro é como um músculo que se fortalece com o exercício. Podemos não saber como fazer algo agora, mas quando abrimos nossas mentes, praticamos e perseveramos, podemos aprender novas habilidades, superar obstáculos e descobrir novas maneiras de alcançar nossos objetivos.

Então, da próxima vez que você enfrentar um desafio, pare de se chamar de nome. Dê a si mesmo auto-compaixão:

  • Tome um momento consciente para se perguntar como você está se sentindo.
  • Diga a si mesmo que é apenas humano cometer erros.
  • Seja gentil consigo mesmo, com palavras e ações.

Em seguida, dê um passo para trás, dê outra olhada e pergunte a si mesmo: “O que posso aprender com isso?” Abra-se para o poder da mentalidade de crescimento.

Referências

Dweck, C. (2007). Mentalidade Nova Iorque, NY: Ballentine.

Neff, K. (2011). Auto-compaixão: pare de se bater e deixe a insegurança para trás. Nova Iorque, NY: William Morrow. Para mais informações sobre auto-compaixão, veja http://www.self-compassion.org/