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Como estudante de pós-graduação em serviço social, trabalhei em um hospital médico. Um de meus projetos incluía estudar os pacientes da “porta giratória” – aqueles indivíduos que entravam na sala de emergência regularmente.
Alguns desses pacientes vieram ao hospital para problemas crônicos, como dores nas costas e dificuldades respiratórias. Eu identifiquei os pacientes que moravam sozinhos. Com a permissão deles, comecei a telefonar para eles regularmente.
Às vezes eles queriam falar sobre sua saúde. Outras vezes, eles queriam compartilhar histórias sobre o passado. Eu permiti que eles falassem sobre o que queriam e apenas ouvissem.
Então, rastreamos as visitas às salas de emergência. Quando as ligações começaram, as visitas ao hospital foram bastante reduzidas.
Eu acho que havia dois motivos pelos quais os telefonemas reduziam suas visitas ao hospital: eles se sentiam menos sozinhos, o que os ajudava a se sentir melhor fisicamente, e se sentir conectado com alguém significava que eles eram menos propensos a ir ao pronto-socorro simplesmente para ter contato humano.
Esse foi apenas um projeto de pós-graduação com uma pequena amostra, e não exatamente um estudo revisado por pares. Mas deu ao hospital alguns comentários interessantes sobre como eles poderiam ser capazes de apoiar alguns de seus frequentes freqüentadores de emergência.
Claramente, a solidão é um grande problema que pode levar a uma variedade de problemas de saúde física, problemas psicológicos e problemas sociais.
Infelizmente, a solidão parece ser uma epidemia crescente. Estudos mostram que metade dos americanos está se sentindo sozinha e isolada.
A diferença entre estar sozinho e ser solitário
A solidão não é a mesma coisa que estar sozinha. Alguma solidão é boa para você.
Mas estar sozinho precisa ser uma escolha para ser saudável. Pessoas idosas que querem companheirismo, mas que não têm visitantes, por exemplo, têm maior probabilidade de experimentar os efeitos físicos e emocionais de estar sozinhas.
Também é bem possível sentir-se solitário mesmo quando estiver perto de pessoas. Se você não se sente como se as pessoas ao seu redor realmente o entendessem, ou se temesse que elas não aceitassem você se elas conhecessem o seu “real” você, estar perto de pessoas não necessariamente resolveria seus sentimentos solitários.
Por que a solidão é prejudicial
Pesquisadores descobriram que a solidão é tão letal quanto fumar 15 cigarros por dia. Pessoas solitárias são 50% mais propensas a morrer prematuramente do que aquelas com relacionamentos sociais saudáveis.
Existem várias razões pelas quais a solidão pode ser fatal. Primeiro, reduz sua imunidade, o que pode aumentar o risco de doença. Também aumenta a inflamação no corpo, o que pode contribuir para doenças cardíacas e outras condições crônicas de saúde.
O estresse também irá afetá-lo mais se você estiver sozinho. Problemas financeiros, problemas de saúde e obstáculos do cotidiano podem ter um impacto emocional maior sobre os indivíduos que não têm apoio social e emocional.
Relacionamentos de qualidade importam mais do que quantidade
Em um mundo onde muitas pessoas têm centenas – se não milhares – de conexões de mídia social, fica claro que essas conexões não são uma cura para a solidão. Não é a quantidade de conexões que importa – é a qualidade.
É importante reconhecer quando você está se sentindo solitário e isolado, para que você possa tomar medidas para melhorar suas conexões sociais.
Se você optar por começar a programar mais datas com amigos ou se comprometer com o voluntariado por uma boa causa, é importante agir. A tendência natural quando você se sente isolado pode ser retirar-se ainda mais – o que pode ser absolutamente perigoso.
Saia de lá mesmo quando você não estiver com vontade, e propositalmente tente se conectar com as pessoas cara a cara. Se você está realmente lutando para combater a solidão, procure ajuda profissional. Depressão, ansiedade e outros problemas de saúde mental podem fazer com que você se sinta desconectado, o que pode criar um ciclo de autoperpetuação difícil de romper.
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